segunda-feira, 28 de julho de 2008

Comentário evoluído sobre o texto do priminho

Sabe, um dia eu resolvi fazer vestibular. Acordei, olhei pro teto, pensei meus pensamentos diários do tipo "que merda" e decidi fazer a prova. Ênfase no processo de decisão, já que eu faltei a segunda fase de um dos vestibulares e agora que me sinto completamente não-prejudicada posso dizê-lo sem pesar. Li o tal tema da redação e fiquei, literalmente, duas horas pensando no que escrever. Escrevi no rascunho e em todos os espaços brancos das outras matérias um monte de frases soltas, pra ver se saía algo que pudesse me garantir uma vaga na universidade. Durante muito, muito tempo fiquei com o rosto escorado no braço, sem qualquer idéia satisfatória. Quando as duas horas se passaram, o fiscal (com quem eu tinha batido um papinho básico antes de entrar) me perguntou "você não vai fazer a prova?". Comecei a escrever. Criei coragem e comecei a escrever diretamente na folha definitiva, sem olhar pros meus rascunhos ridículos sem nexo. Escrevi, escrevi e quando vi as linhas estavam acabando e a história não tinha nexo também. Olhei a opção marcada: conto fantástico. Daí, botei um final também sem lógica e quando fui ler percebi que um possível leitor poderia interpretar que o meu conto foi tão bem escrito que deveria ser analisado pra ser compreendido, ou ele poderia pensar que eu sou uma retardada. No final, tirei 34. Valia 40. Fiquei louquissimamente satisfeitíssima com a minha nota.
Eu comecei a escrever isso como comentário no texto do toscano, portanto é imperativo que leiam o texto dele, já que estou postando isso rápido demais e não tem lógica nenhuma.
Pois é, primo, às vezes a gente diz muita coisa pensando que não disse nada. Ou não dizemos porra nenhuma mesmo e fazemos os outros pensarem que na verdade dissemos nas entrelinhas. Ou, em outros casos, a gente escreve um monte de merda de onde não se tira nada, e só a gente mesmo pensa que disse alguma coisa, porque somos realmente retardados.
É.

2 comentários:

Guilherme Toscano disse...

"às vezes a gente diz muita coisa pensando que não disse nada. Ou não dizemos porra nenhuma mesmo e fazemos os outros pensarem que na verdade dissemos nas entrelinhas. Ou, em outros casos, a gente escreve um monte de merda de onde não se tira nada, e só a gente mesmo pensa que disse alguma coisa, porque somos realmente retardados."

adorei. te amo.

Marra Signoreli disse...

Quando não tiverem nada pra fazer, vou mandar uma coisa, vocês vão achar que é chato e até pode ser, mas se lêem vão ter uma idéia diferente ou vão continuar achando chato... vou procurar pra ver se tem na internet.

Eu amo vocês.