Jantei... E prostrava a gozar da fartura... estava vivo, gordo, abundante... tão saciado que o excesso me transbordava à pele. Mas no meu belo sono de satisfação, eis que me surge, figura tão negra e enfadonha: um mosquito. O pequeno e ágil vulto clamava-me, num zum-zum-zum infernal, um escambo: queria vida e dava-me, em troca, meia-dúzia de doenças fracas. Visto, em meu rosto, uma reação desdenhosa, o mosquito encarnou seus instintos mais primitivos e numa fome tamanha, sorveu-me, sôfrego, alguns respingos de sangue ralo.
E assim, mosquito, tu deves fazer!
Faz-me morto, que morro em gozo... dando vida
a quem merece viver.
Elliot Scaramal
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3 comentários:
elliot, quando eu crescer quero ser igual a você, ter umas viagens massas, huhú. :))
/Fernandiinha.
eu quero conhecer o elliot, pô.
esse sujeito juba é bem interessante, né?
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